Powered By Blogger

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Matrículas das crianças de seis anos no Ensino Fundamental

A matrícula das crianças com seis anos no Ensino Fundamental foi decidida na justiça. A questão posta de forma diferenciada em muitos estados, marcava discrepâncias gritantes na prática das escolas. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, crianças que completavam seis até 31 de dezembro, tinham o "direito" de matrícula no Ensino Fundamental, o que na prática, incluía crianças, muita das vezes, ainda com cinco anos.
A decisão do STJ ratifica a orientação do MEC.

Leia a notícia: Menores de 6 anos não podem frequentar ensino fundamental



Conheça o MIEBI Movimento Interfóruns de Educação Infantil no Brasil

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Histórias de quem gosta de ensinar

Histórias de quem gosta de ensinar
Bienal do Livro Rio de Janeiro

Atuando como professora regente, ao longo desses anos, vou percebendo na Educação um sistema tão antigo e ao mesmo tempo cheio de tantas novidades, algumas tessituras importantes. Não digo da forma como muitos de nós, ainda concebem a organização escolar (transmitir conhecimentos), penso que esse modelo cauterizado em nós, não traduz o conceito mais amplo de Educação, e que exige de nós, estado de permanente vigilância.

Quando falamos em Educação, lembramos logo da escola. Não que acredite ser a escola o único lugar destinado a educar e educar-se, longe disso. Acredito, no entanto, que seja um lugar privilegiado e legitimado socialmente.

Falo do dia-a-dia da escola, do cotidiano, do cheiro de criança suada, da correria da hora do recreio, do falatório dos alunos nos corredores, desse movimento de inquietude tão típico do ser humano, ainda tão evidente nos pequenos e ousado nos adolescentes, mesmo quando se pensa em Educação de Adultos, é simplesmente emocionante vê-los como crianças na escola! Falo dos professores na hora do café... quantas leituras podemos fazer dos seus corpos, dos dizeres e não dizeres, que nos dizem tanto.

Todo dia acontecem muitas Histórias de vidas na escola. A História de cada família se torna viva dentro da escola. Um emaranhado de culturas, de crenças e modos diferentes de entender a vida, representadas por cada dentro da escola, aluno, professor, inspetor, coordenador, merendeira, servente, quem nos visita, quem chega e quem sai...

Não há um dia igual a outro, cada dia é continuação de uma História que não é tecida apenas na escola... E as histórias se cruzam, se entrelaçam através de um movimento que não depende do professor, do diretor, do aluno e nem das famílias... Um pouco de cada história, fica na História do outro, configurando um novo modo de se sentir, se ver, ver o outro, perceber o mundo que nos cerca.

Esse movimento nos afeta, alguns se deixam afetar mais, outros tentam ser menos afetados, mas não há para onde fugir. Algumas Histórias nos afetam de forma mais marcante, deixam cicatrizes, outras são como um sopro do vendo, em ambos os casos, no entanto, sempre somos afetados pela história do outro.

O significado da palavra História é empregado neste texto, expressando seu sentido mais amplo possível. São as memórias, o modo que encontrado para se viver baseado nas experiências e crenças dos sujeitos. Não há história mais importante, trata-se da História individual dos sujeitos anônimos que vão se constituindo uma História coletiva, sem heróis, apenas nós! Nós, poderia ser entendido sob a perspectiva de plural, mas também no sentido do nó, das ações atadas, da força ou talvez da imobilidade...

São muitos os dilemas presentes no cotidiano da escola, não existe território tranquilo! Respeitar esta realidade quer dizer que respeitamos os sujeitos em suas individualidades, reconhecer que há um pouco de mim no outro e um pouco (se não muito) do outro em mim. É reconhecer todo sujeito como integrante e como integrante fazedor da História que vivenciamos sendo assim tem o poder de intervir no mundo.

Nessa dinâmica percebemos o quanto é fascinante a escola. Deixar se afetar pelas Histórias dos alunos nos faz crescer enquanto sujeitos comprometidos com um projeto de uma sociedade melhor. Nessa configuração, a prática pedagógica deixa de ter um enfoque apenas técnico para assumir-se como prática política pedagógica. A trama das histórias torna a escola um lugar orgânico! Espaço de vida!!! Nascedouro de esperança!

Curtas

O curta-metragem além de boa estratégia pedagógica, é espaço dinâmico que insere e reinsere diferentes temáticas à discussão.
Vale visitar o site Porta Curtas
Espaço de promoção do cinema.
A vida e a Arte
"A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida..." Oscar Wilde
Apresentamos filmes que têm como pano de fundo de suas histórias grandes obras literárias. Com eles é possível trabalhar literatura e estimular o gosto pela leitura abordando temas que estão presentes no cotidiano.
Fonte: http://portacurtas.org.br/

Visite também Curta Na EScola

A Maior Flor do Mundo | José Saramago


E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?

A Maior Flor do Mundo | José Saramago

Chimamanda Adichie

Algumas histórias permanecem invisíveis... essa invisibilidade contribui para que algumas histórias tenham apenas um ponto de vista. Contada a partir de um único lugar... Asista: Chimamanda Adichie - Os perigos de uma história única. LEGENDADO


Fonte: http://www.ted.com/talks/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story

Os perigos de uma história única - Chimamanda Adichie



Vídeo: Os perigos de uma história única - Chimamanda Adichie - Vale assistir...